DOR
Muitas vezes quando falamos em um sintoma de dor, a primeira opção e pensar na dor física e esquecemos da dor emocional e psicológica.
“Dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e/ou emocional” ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Dor). A dor pode ser Aguda ou crônica. Na dor Aguda, o Início é súbito e relacionado a afecções traumáticas, infecciosas, inflamatórias e respostas neurovegetativas como aumento da PA, taquicardia, taquipnéia, agitação psicomotora e ansiedade, respondendo rapidamente às intervenções na causa e não costumam ser recorrentes. A dor crônica Não é apenas o prolongamento da dor aguda. São estimulações nociceptivas repetidas que levam a uma variedade de modificações no SNC. Enquanto a dor aguda provoca uma resposta simpática, a dor crônica permite uma adaptação a esta situação.
COTROLE DA DOR ONCOLOGICA
Para todo controle de dor deve ser realizado uma avaliação clinica, na qual a atenção nos detalhes fazem toda a diferença.
Na avaliação clínica, a queixa do paciente deve ser investigada através de um exame físico detalhado, psicológico e exames diagnósticos, devidamente analisados os resultados pela equipe multidisciplinar, pois é essa equipe que mantém um contado com o cliente nesse momento intenso. Quando a dor é tratada e/ou controlada o tratamento e o manejo com o paciente é facilitado no contexto geral, a família se acalma na proporção que o doente demonstra resultados positivos, por esse motivo um manejo adequado deve ser realizado.
Existem dois manejos da dor oncológica: Recursos adjacentes como anestesia, neurocirurgia, reabilitação, psicologia cognitiva-comportamental, psiquiatria e a Terapia analgésica com medicamentos, a mais comum. Com o manejo farmacológico da dor é possível controlar a mesma, melhorar funções do paciente, estabilizar as relações familiares, buscar uma vida ativa e otimizar os recursos financeiros. Esse manejo é considerado Adjuvante e segue uma “escada terapêutica” de aplicação, ou seja, não se prescreve medicamentos sem uma regra a seguir, pois a finalidade dessa escada é um controle rigoroso no tratamento do paciente para que tenha fins benéficos no âmbito social do cliente.
Escada terapêutica:
Medicamentos Não Opióides (Leves): São medicamentos Via oral, que possuem ação Analgésica, Antipirética, antiflamatória e antiplaquetária.
Opióides: São fármacos analgésicos derivados naturais ou sintético do ópio, que sua indicação dever vir acompanhada de um balanço entre efeitos positivos e indesejáveis, tais como Confusão mental, sedação, tolerância e dependência física. Ao administrar opióides a orientação é antecipar e tratar as reações adversas medicamentosas (Sedação, Depressão respiratória, Constipação, ataque epilético e outros). Os opióides são divididos em dois grupos:
v Opióide Fraco: Tramadol e Codeína,
v Opióide Forte: Morfina, Fentanil, Metadona, Oxicodona.
Drogas adjuvantes: São drogas para aumentar analgesia dos opioides, analgesia para tipos específicos, tratar efeitos colaterais e outros sintomas associados, são eles: Antidepressivos, Anticonvulsivantes, Anestesicos locais, Corticosteróides, Antiespasmódicos, Adjuvantes para dor óssea, Adjuvantes para tratar R.A.M.
CONTROLE DA DOR EM CRIANÇAS COM DOENÇAS CRÔNICAS E EM ESTÁGIO TERMINAL
A dor é um sintoma muito comum em pacientes com Câncer, isso inclui as crianças que muitas vezes demonstram através de sinais característicos.
Ter um adulto com câncer em uma sociedade pouco instruída e preparada para a doença, é considerado uma situação de muito desgaste físico e emocional; quando criança, o contexto social da família é totalmente modificado. Muitos pais e familiares ao receberem o diagnostico da doença, consideram que um tratamento médico seja ineficaz ou inviável por considerar a morte precoce inevitável. Sabemos que com o câncer o tempo de sobrevida dessa criança possivelmente seja afetada, porem a morte ocasionada por ela seja a conseqüência única. O risco de sofrimento físico (dor) e psicológico, mutilações, isolamento da sociedade ( Desistência ou estudo em domicilio, diminuir ou restringir passeis, festas e outros) e até preconceito (em relação ao tratamento e outros), são itens comuns relacionado ao diagnostico. A criança sofre com o diagnostico e os familiares são diretamente afetados. Muitos deles se demitem do trabalho para acompanhamento da criança oferecendo uma atenção integral ao paciente trazendo conseqüências para aqueles que possuem irmãos, pois os mesmos podem desenvolver sentimentos de dó, Raiva, desatenção e outros.
A dor é sentida em todos os estágios da vida. Quando recém nascido, crianças menores e crianças em tempo escolar, sentem dor e devem ser avaliado de acordo com a idade e diagnostico, o importante é adaptar a situação às escalas específicas para cada período de vida e sempre prestar atenção ao detalhes, como por exemplo movimentos faciais e teoria de Piaget que é utilizada para descrever o desenvolvimento da compreensão da dor nas crianças em idade escolar.
CUIDADOS PALIATIVOS E PACIENTE TERMINAL
Cada patologia possui sinais e sintomas específicos e muitos em comuns com o Câncer propriamente dito. Alguns sintomas são importantes levar em consideração quando paciente é paliativo, pois são os detalhes e o conjunto de sinais e sintomas que vão orientar tais cuidados especiais:
· Dispnéia: Dificuldade em respirar;
· Estertores pulmonar: Ruídos percebido durante a respiração do paciente;
· Tosse: Presente em 50% nos casos de Câncer avançado e 80% das neoplasias broncopulmonares;
· Anorexia: Falta de apetite, a pessoa não se alimenta;
· Astenia: Fraqueza;
· Náuseas e vômitos
· Obstipação intestinal
· Lesão tumoral de pele: Infiltração da pele pelo tumor primário ou metastático com conseqüente desenvolvimento de ulcerações ou lesões (fungócides)
· Hipercalcemia
· Desidratação
· Hemorragia
· Outros.
Cuidados paliativos “é um processo de atenção que melhora a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias, enfocando o paciente de uma forma integral num momento de enfrentamento da finitude pela impossibilidade de cura” (Texto de aula).
O objetivo do tratamento do câncer é a cura e a preocupação que inclui a qualidade de vida do paciente com câncer vai ter durante e após o tratamento oncológico. O Objetivo do cuidado Paliativo com o paciente é em primeiro lugar aliviar a dor e outros sintomas angustiantes, atendimento espiritual e psicológico, promover autonomia, integridade pessoal e auto estima.
Quando uma patologia não tem cura, não significa que a morte é eminente, alguns cuidados podem ser realizados para dar uma qualidade de vida até esse fim. Mas afinal o que é a morte? A vida é considerada um bem supremo, um bem precioso. A morte vem acompanhada de varias definições e assuntos importantes como Ortotanásia (Morte correta, morte na hora certa, suspensão de procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida de um doente terminal e sem possibilidade de cura, desde que ele próprio ou sua família concordem com a decisão), Distanásia (Prolongamento da vida por tempo indeterminado, mesmo quando o pacinete enfrenta dores e outros sintomas, e não te chance de cura ou de suas atividades normais) e Eutanásia, um procedimento ilegal e contrario a ética moral mais conhecido e discutido. O fato que vida e morte são assuntos discutidos diante de diversas opiniões. O código de Ética Médica, diz “Ramo da ética preocupada com respeito aos valores morais na medida que questiona o respeito á dignidade humana diante do progresso cientifico” Atraves desse código, a vida e os cuidados paliativos são respaldados, pois há princípios que os regem: Beneficência (e não maleficência), Não maleficência, Autonomia e justiça.
A morte é a única fase da vida que não se pode negar. Ser um paciente terminal, significa dispensar cuidados especiais tanto para a família e o paciente por uma equipe multidisciplinar devidamente treinada, ele também é assegurado pelos seus direitos. Quando a morte não mais um risco e se torna conseqüência, é bem provável que os Estágios de Negação e isolamento, Raiva, Barganha, Depressão e aceitação possam se manifestar, pois o desequilíbrio financeiro, dificuldade da pessoa em aceitar os cuidados e elaboração de perdas anteriores e crenças, ciclo de vida e morte súbita, sejam fatores que dificultem a aceitação do mesmo. Então ao fim da vida de um paciente, todos ao redor do doente devem enfrentar a crise, auxiliando a expressar seus sentimentos, não encorajando o mesmo a culpar outras pessoas.
Trabalho de reposição de aula, por Francisca Michelli lima Sales