sábado, 27 de outubro de 2012

Um resumo breve sobre Radioterapia.


PÓS GRADUAÇÃO EM ONCOLOGIA CLÍNICA



ALUNA: Francisca Michell Lima Sales

ASSUNTO: Resumo da aula de Radioterapia



As descobertas referentes ao Câncer estão acontecendo todos os dias acompanhado dos números de pacientes diagnosticados. Assim, o tratamento tambem é enfatizado. Entre esses tratamentos, a Radioterapia é um tratamento muito usado, seja Isolado au acompanhado aos outros tratamentos.

Quando um paciente recebe a notícia de que está com câncer e que seu tratamento é ou inclui a Radioterapia, o seu primeiro pensamento de que é um tratamento menos agressivo, porém esse pensamento é muito instável por varios motivos: O paciente desconhece total ou parcial esse tratamento, compara com o tratamento de quimioterapia, compara com tratamentos diversos invasivos entre outros motivos.

"A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes (As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução). Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada (INCA)".

A escolha do tratamento Radioterápico depende de varios fatores como localização e tamanho e profundidade do tumor. Apartir daí a radioterapia é definida em:

  • Teleterapia: É a aplicação de radiação por via externa.
  • Braquiterapia: É a aplicação de radiação por via interna.

Teleterapia: Na teleterapia são lançados raios ionizantes externamente através da escolha do tamanho de campo de abrangência de radiação. Anteriormente ao inicio do tratamento, o paciente é levado a um simulador (maquina de RX de diagnóstico com as mesmas caracteristicas do aparelho de terapia) e radiografado exatamente na posição em que será tratado. A partir da radiografia é feita a marcação definitiva do local a ser irradiado. Cada paciente tem uma quantia específica de aplicação (sessões) e se inicia o tratamento. A teleterapia é subdividida em modalidades:

  • Convencional;
  • Conformacional (3D);
  • IMRT (intensity Modulated);
  • Radiocirurgia.

Braquiterapia: Da palavra grega brachys, que significa "curta distância", é uma forma de radioterapia em que se coloca uma fonte de radiação dentro ou junto à área que necessita de tratamento. Assim como a Teleterapia é subdividida, a braquiterapia é dividida em:

  • Intersticial;
  • Intra-cavitária;
  • Intra-luminal;
  • Contato.

Como qualquer outro tratamento, há efeitos adversos realcionado so físico, emocional e psicológico, os quais precisam de uma equipe Multidisciplinar para atuação nesse tratamento. Em especial, o papel do principal do Enfermeiro á atuar na minimação dos efeitos adversos alem de promover e difundir medidas de saúde preventivas e curativas por meio da educação aos pacientes e familiares através da consulta de enfermagem e outras ações. As reações podem acontecer agudamente ou tardias. As agudas, são aquelas que acontecem durante e até 3 meses após o termino do tratamento radioterápico e as reações tardias, aquelas que acontecem de 3 meses até anos após o termino de tratamento. As mais comuns são:

  • Fadiga
  • Sonolência
  • Alterações no apetite
  • Disfagia, disgeusia, odinofagia
  • Dor
  • Cáries de radiação
  • Infecções oportunistas
  • Radioepitelite
  • Radioderme

Uma das reações muito frequentes que devem atenção especial para a enfermagem, são as chamadas MUCOSITES, as quais são reações tóxicas inflamatória que afeta o trato gastrintestinal da boca ao ânus. Na cavidade oral esta toxicidade sobre as células epiteliais, levam à descamação em função do atrito presente na boca. Como a reposição celular está comprometida devido ao tratamento oncológico, ocorre exposição do tecido conjuntivo subjacente, aonde se localizam vasos sanguíneos, vasos linfáticos e feixes nervosos; desencadeando dor intensa, ulcerações, dificuldade de alimentação e fala. O cuidado com Mucosite é baseada no grau de classificação das mesmas, que são:

  • Grau 0: Mucosa Normal.
  • Grau 1: Eritema.
  • Grau 2: Eritema e ùlcera (dificuldade para alimentar-se com alimentos sólidos)
  • Grau 3: Ùlceras (dificuldade para alimentar-se com alimentos liquidos)
  • Grau 4: Não consegue se alimentar.

Para o tratamento do Câncer, ha a cirurgia, quimioterapia e Radioterapia. No caso da Radioterapia, tem finalidade curativa, paliativa, Pré operatória, Pós operatória, Anti-Algica e Anti-Hemorrágica. Devemos saber, que esse tratamento pode ser realizado de forma isolada ou em conjunto e que as reações inerentes são diferentes de paciente para pacientes, devendo ter um acompanhamento severo.




terça-feira, 2 de outubro de 2012

MÊS ROSA

 

Contra câncer, governo lança Programa de Mamografia Móvel


A atriz Zeze Mota e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante lançamento da campanha Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A atriz Zeze Mota e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante lançamento da campanha
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil



"O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta segunda-feira portaria que cria o Programa de Mamografia Móvel. Padilha cita a desigualdade de acesso à mamografia como uma grande preocupação das políticas públicas e aponta as unidades móveis como uma forma de melhorar o acesso da população feminina de menos renda a serviços de prevenção.
O câncer de mama é o segundo que mais atinge as brasileiras. A estimativa é que, em 2012, cerca de 52 mil mulheres vão ter o diagnóstico da doença. Cerca de 260 municípios com mais de 100 mil habitantes têm dificuldade de acesso ao exame de mamografia. A faixa prioritária para o exame é entre 50 e 69 anos, mas a mamografia deve ser feito por todas as mulheres a partir dos 40.
De acordo com Maira Callefi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) o exame é essencial para a detecção do câncer em seu estágio inicial. “Estágio zero é aquele em que aparecem apenas pequenas microcalcificações, o que somente a mamografia detecta. Por isso é tão importante a mamografia de rotina”, afirmou.
Segundo Maira, no chamado estágio um, os tumores têm até 2 cm, sem envolvimento com a axila. “É um problema para o autoexame. Nesses estágios, há 95% de chances de cura”, explica, ressaltando a importância da mamografia para o diagnóstico precoce.
A presidente da Femama informa que 12 mil mulheres morrem, anualmente, de câncer de mama. Ela ainda ressalta que apenas 20% das mulheres são diagnosticadas ainda nos primeiros estágios da doença, e aponta o tempo entre o diagnóstico e o tratamento, que no Brasil é de 180 dias, como entrave para a cura. “O ideal seria, no máximo, 30 dias”, disse.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Anderson Silvestrini, quando o câncer de mama é detectado tardiamente, as chances de sobrevivência das mulheres caem para 30%.
O programa vai liberar Unidades Oncológicas Móveis que percorrerão locais estratégicos dos municípios e estados que se cadastrarem para receber o serviço. O financiamento das unidades móveis será compartilhado entre o governo federal, os estados e municípios, cabendo a estes a estratégia de atendimento.
De acordo com o Ministério da Saúde, os exames feitos nessas unidades serão enviados via satélite para um estabelecimento de saúde para que um médico especialista avalie e dê o resultado em até 24 horas. A ação do Ministério da Saúde faz parte da programação do movimento Outubro Rosa, uma ação internacional que estimula a participação da sociedade nas questões relativas ao câncer de mama."
Fonte: Portal de Notícias Terra / Agência Brasil
 

NO MÊS ROSA, VAMOS ENFATIZAR O CÂNCER DE MAMA.

Mama


O Câncer de Mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

Sintomas

Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante a casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.

Detecção Precoce

Embora a hereditariedade seja responsável por apenas 10% do total de casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver a doença.
Esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos. É o profissional de saúde quem vai decidir quais exames a paciente deverá fazer. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos também constituem fatores de risco para o câncer de mama.
Mulheres que se encaixem nesses perfis também devem buscar orientação médica. As formas mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico e a mamografia.
Exame Clínico das Mamas (ECM)Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. Deve ser feito uma vez por ano pelas mulheres entre 40 e 49 anos.
Mamografia
A mamografia (radiografia da mama) permite a detecção precoce do câncer, ao mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (medindo milímetros). Deve ser realizada a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica.
É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é suportável.
Lei 11.664, de 2008

Ao estabelecer que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, a Lei 11.664/2008 que entrou em vigor em 29 de abril de 2009 reafirma o que já é estabelecido pelos princípios do Sistema Único de Saúde. Embora tenha suscitado interpretações divergentes, o texto não altera as recomendações de faixa etária para rastreamento de mulheres saudáveis: dos 50 aos 69 anos.
 
Relato de caso:
 
Alguns dias passados, minha Mãe foi consultar no Posto de Saúde próximo a minha casa - SUS. Um determinado Médico, em resposta a solicitação de minha Mãe à uma Mamografia, disse que não iria solicitar. Então, minha mãe referiu que é um direito dela após aos 40, visto que ela, fez a Ultima Mamografia a mais de 1 ano e pós cirurgia tardia de Histerectomia. Nesse Momento, o médico disse: "Vá atraz de seus direitos e me prove". Infelizmente são profissionais ( não generalizando)  desse nível que atende a ponta da população. Quantos diagnósticos tardios são realizados por esse motivo? E para quem passou ou infelizmente passará por esse problema, aqui esta a Lei que Diz que a Mamografia é garatida após os 40 anos.

 
Presidência da República

Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
Dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o As ações de saúde previstas no inciso II do caput do art. 7o da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, relativas à prevenção, detecção, tratamento e controle dos cânceres do colo uterino e de mama são asseguradas, em todo o território nacional, nos termos desta Lei.
Art. 2o O Sistema Único de Saúde – SUS, por meio dos seus serviços, próprios, conveniados ou contratados, deve assegurar:
I – a assistência integral à saúde da mulher, incluindo amplo trabalho informativo e educativo sobre a prevenção, a detecção, o tratamento e controle, ou seguimento pós-tratamento, das doenças a que se refere o art. 1o desta Lei;
II – a realização de exame citopatológico do colo uterino a todas as mulheres que já tenham iniciado sua vida sexual, independentemente da idade;
III – a realização de exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 (quarenta) anos de idade;
IV – o encaminhamento a serviços de maior complexidade das mulheres cujos exames citopatológicos ou mamográficos ou cuja observação clínica indicarem a necessidade de complementação diagnóstica, tratamento e seguimento pós-tratamento que não puderem ser realizados na unidade que prestou o atendimento;
V – os subseqüentes exames citopatológicos do colo uterino e mamográficos, segundo a periodicidade que o órgão federal responsável pela efetivação das ações citadas nesta Lei deve instituir.
Parágrafo único. Os exames citopatológicos do colo uterino e mamográficos poderão ser complementados ou substituídos por outros quando o órgão citado no inciso V do caput deste artigo assim o determinar.
Art. 3o Esta Lei entra em vigor após decorrido 1 (um) ano de sua publicação.
Brasília, 29 de abril de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
José Gomes Temporão
Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.4.2008.